Se você acompanhou as notícias da chegada da conexão 5G no Brasil, deve ter notado que um tema ligado ao setor automobilístico esteve muito em alta: a chegada do novo padrão de conexão permitiria, por exemplo, o uso dos carros autônomos no país.
Montadoras de todo o mundo estão desenvolvendo veículos focados, justamente, em trazer maior conforto para os condutores. Afinal, seria possível fazer com que os motoristas da frota passem a parar de dirigir e fiquem mais relaxados nos seus trajetos no dia a dia. Ótimo, não é mesmo?
Mas como funciona um carro autônomo? Todos eles funcionam da mesma forma? Confira, a seguir, as principais informações sobre o assunto.
Como funciona um carro autônomo?
É definido como um “carro autônomo” todo aquele que permite automatizar alguma função da condução, proporcionando momentos de direção sem qualquer nível de interferência da pessoa ao dirigir.
Para você ter dimensão do nível de automação que se pode alcançar, em muitos casos, o carro é produzido sem os pedais e o volante. Afinal, se você não precisará utilizá-los (dependendo do tipo de autonomia disponível), esses elementos seriam desnecessários.
Em alguns níveis, já há certa autonomia dos veículos (o câmbio automático é um exemplo disso). Mas espera-se que, no futuro, aconteça uma condução 100% autônoma, sem necessidade de intervenção humana em todas as condições.
Para que um veículo seja definido com algum grau de autonomia, a Sociedade de Engenheiros Automotivos (SEA) definiu uma classificação que vai entre 0 a 5, em que a última representa a possibilidade de 100% de autonomia.
Por isso, você pode encontrar veículos com tipos de autonomia presentes, mas que ainda vão exigir a sua condução. Siga em frente com a leitura, pois vamos falar disso mais adiante.
Quais as principais funcionalidades de um carro autônomo?
Ok, mas o que compõe um carro autônomo? Quais são as principais funcionalidades para obter uma condução fluida e segura? Fato é que essas funções vão variar de acordo com o nível de automação, então não estarão presentes em todos os veículos. Estão entre as possibilidades:
- alerta de obstáculo na via;
- alerta de condução perigosa;
- alerta na condução do veículo em modo ré;
- rastreamento do ambiente e análise da velocidade média para percorrer aquela via;
- sensor para adequação do posicionamento do veículo ao realizar curvas;
- frenagem automática;
- passagem de marchas de forma automática (câmbio automático);
- automação do consumo energético, o que permite reduzir custos;
- uso de sensores para segurança (como reconhecimento facial e biometria), minimizando os riscos de furto e roubos (por exemplo, a saída do condutor cadastrado poderia fazer com que o carro desligasse automaticamente).
Como a inteligência artificial é aplicada nesse tipo de veículo?
Uma das principais tecnologias presentes nos veículos para proporcionar autonomia na direção é a inteligência artificial. Por meio dela, é possível automatizar algumas tarefas da condução, por meio de softwares que utilizam dados enviados por sensores e radares para tomadas de decisões.
Por exemplo, um carro identifica como fazer uma curva da melhor forma a partir de sensores e câmeras que analisam o formato da via e, assim, traçam a melhor rota para fazer o percurso e evitar problemas, como sair pela tangente e provocar acidentes. Isso é feito por meio de um software embarcado no veículo, que usa inteligência artificial para a análise.
Por isso, hoje, temos essa possibilidade de uso dos carros autônomos, devido a um melhor desenvolvimento da inteligência artificial. E, quanto mais essas questões evoluírem, mais veremos evoluções na automação dos veículos.
Outro exemplo de como a inteligência artificial é utilizada nos veículos autônomos é o sensor LiDAR. Por meio de luz refletida e câmeras acopladas no veículo, é possível utilizar a análise de realidade aumentada e identificar se há algum tipo de obstáculo na pista e decidir qual a melhor medida diante das circunstâncias da via (parar, desviar, entre outras).
Quais os níveis de carro autônomo?
Como você viu no começo deste artigo, a SEA definiu níveis de zero a cinco para identificar o quanto um carro é, de fato, autônomo. Vamos entender mais sobre eles, a seguir.
Nível zero
Aqui, temos total dependência do condutor em todos os processos, desde fazer o veículo ligar até tomadas de decisões durante o trajeto. Por exemplo, será de exclusiva responsabilidade dele analisar qual a melhor conduta para desviar de um obstáculo na via.
Nível um
Temos alguns sinais de automação, mas costumam ser avisos para o motorista que, normalmente, não trazem nenhuma mudança na condução, ainda tendo uma forte dependência de suas ações para uma direção segura. Por exemplo, o alerta de ré indica para o condutor um aviso de aproximação de um obstáculo. Mas se o motorista insistir, será uma decisão dele, e o veículo não fará nada a respeito de forma automatizada.
Nível dois
Aqui, temos a existência de algumas ações pré-programadas que ajudam o condutor no dia a dia. Por exemplo, a possibilidade de automação para manter uma aceleração constante faz parte desse nível.
Nível três
Nesse nível, já contamos com ações pré-programada feitas de maneira independente pelo sistema embarcado de automação. Mas, ainda assim, não é possível ter uma independência completa do motorista.
Nível quatro
Já há uma condução 100% automatizada, de modo que o condutor não precise realizar nenhuma ação. Os sensores e os sistemas coletam informações da via e conseguem definir ações para uma condução mais eficiente.
Nível cinco
O grau máximo de automação: o condutor não tem função nenhuma no processo, sendo apenas mais um passageiro do veículo, que faz o deslocamento de forma totalmente automatizada.
Os carros autônomos têm representado uma possibilidade muito interessante, principalmente, por serem altamente vantajosos em comparação com os modelos tradicionais. Alguns de seus benefícios são:
- redução de custos com manutenção;
- redução de poluições;
- redução de riscos de acidentes.
Os carros autônomos já são uma realidade, e há uma forte tendência de que eles venham com maior força nos próximos anos. Quando houver esse avanço, veremos sistemas mais robustos de segurança, trazendo maior conforto para os condutores da sua frota no dia a dia.
Gostou de saber mais sobre essa possibilidade? Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Deixe nos comentários.